Que estranho! As vezes sinto-me como se não fizesse parte desse lugar; como se não conhecesse as pessoas. Sinto-me estranho, deslocado e desolado. Sim, eu até dou gargalhadas e de vez em quando me divirto, mas logo volto à estaca zero que constatemente me encontro! Pensativo,e analítico,continuo cheio de perguntas das quais eu nunca consigo respostas... Já pensei em procurar um médico: um analista, psiquiátra ou psicólogo, sei lá, mas acho que nenhum deles são capazes de me ajudar!Estou preso por grades de ferro impossíveis de serem vistas pelas pessoas do meu convívio.Idéias fixas tomam conta do meu pensamento e confesso, que as vezes não aguento e acabo desabando, transformando meus dias em rios de lágrimas! Desejos? muitos, vontades? tantas, sonhos?milhares,perseverança? nenhuma!Me escondo, procuro lugares desertos; a necessidade de está sempre mudando é constante assim como as frustações. O desconforto é enorme e o querer também. Quero está longe, em vários lugares, com várias pessoas. Quero ser "eu" livre e sem destino quero está só e ao mesmo tempo acompanhado. Tudo eu quero e não quero nada! Vivo à procura de algo que nem eu mesmo ainda conseguir saber o que é! As dívidas são muitas, principalmente as que tenho comigo mesmo, e as vezes o inquilino é rígido e vem me cobrar,mas cobrar o que? talvez algo que eu não possa dá, ou posso, mas por ser fraco não consigo quitar essa dívida que ao longo dos anos vem crescendo mais e mais. As horas passam arrastadas e cada dia a amargura é grande em mim. Não consigo acreditar em nada e nem ninguém e nem em mim e na minha capaciade. Espero que as cois aconteçam, mas não faço por onde acontecer, é tudo complexo e vazio, mas eu continuo aqui esperando essa tal de esperança, está que todos dizem que é a última que morre.
Geórgia Carvalho.
Geórgia Carvalho.