segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A Valsa Da Vida

Na valsa suave da vida vou dançando
com meus olhos fechados e sem pensar
em nada eu vou levando.

A Valsa da vida não é nada fácil de se dançar,
tem que se está dentro do rítmo sempre
para não tropeçar.

Na valsa da vida aprendi tantas coisas, como
coisas também recebi e parceiros de dança ganhei.
Na valsa da vida já sorri, já chorei, já me decepcionei
mas a valsa da vida não larguei.

Na valsa da vida aprendi a não me preocupar com coisas pequenas
Na valsa da vida eu tive algumas dores, mas aprendi a passar pelas
mesmas sem sofrimento.

A valsa da vida me trouxe pessoas queridas e
também as levou...
A valsa da vida me fez errar e aprender com os mesmos
e ainda me fez superar e perdoar muitos que me prejudicaram
ou me julgaram mal.

A valsa da vida me trouxe alegrias, tristezas, emoções...
A valsa da vida me mostrou que nada é impossóvel quando queremos
A valsa da vida me fez voltar a sonhar...

E ao sonhar na valsa da vida eu voltei a viver.

Geórgia Carvalho.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vinho Tinto

Sente - se aqui e deguste deste vinho tinto comigo
Antes de me contares da tua vida.
Deixe que sinta o sabor amargo de cada gota
Existente dentro desta taça
Permita que o seu calor tome conta do seu ser
Até que estejas totalmente desinibida para mim.

Beba, Ria, Dance...
Esqueça o que te aflige e como no
Tom da música ao fundo permita
Que sejamos um só:
Eu dentro de você e você em mim.

Geórgia Carvalho.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ei Você!

Ei você, o que queres?
Dinheiro? conforto?
Eu posso te dar, mas antes
Deixe-me apresentar:
Meu nome é Coragem.

Com que sonhas?
Com uma casa na praia?
Um carro zero?
Deixe-me apresentar:
Meu nome é fé.

O que te faz bem?
Pessoas queridas e sinceras?
Deixe-me apresentar:
Meu nome é amor.

O que te satisfaz?
Glamour e luxo?
Deixe-me apresentar:
Meu nome é futilidade.

O que guardas?
Raiva e recentimento?
Deixe-me apresentar:
Meu nome é rancor.

Desejas as mesmas coisas que seu próximo?
Deixe-me apresentar:
Meu nome é inveja.

Atendo por vários nomes,
Posso ser bom e mesquinho quando quero,
Sou feio e bonito também,
Descobriu quem eu sou de verdade?
Na verdade eu sou você.
OTÁRIO!

Geórgia Carvalho.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008


Que estranho! As vezes sinto-me como se não fizesse parte desse lugar; como se não conhecesse as pessoas. Sinto-me estranho, deslocado e desolado. Sim, eu até dou gargalhadas e de vez em quando me divirto, mas logo volto à estaca zero que constatemente me encontro! Pensativo,e analítico,continuo cheio de perguntas das quais eu nunca consigo respostas... Já pensei em procurar um médico: um analista, psiquiátra ou psicólogo, sei lá, mas acho que nenhum deles são capazes de me ajudar!Estou preso por grades de ferro impossíveis de serem vistas pelas pessoas do meu convívio.Idéias fixas tomam conta do meu pensamento e confesso, que as vezes não aguento e acabo desabando, transformando meus dias em rios de lágrimas! Desejos? muitos, vontades? tantas, sonhos?milhares,perseverança? nenhuma!Me escondo, procuro lugares desertos; a necessidade de está sempre mudando é constante assim como as frustações. O desconforto é enorme e o querer também. Quero está longe, em vários lugares, com várias pessoas. Quero ser "eu" livre e sem destino quero está só e ao mesmo tempo acompanhado. Tudo eu quero e não quero nada! Vivo à procura de algo que nem eu mesmo ainda conseguir saber o que é! As dívidas são muitas, principalmente as que tenho comigo mesmo, e as vezes o inquilino é rígido e vem me cobrar,mas cobrar o que? talvez algo que eu não possa dá, ou posso, mas por ser fraco não consigo quitar essa dívida que ao longo dos anos vem crescendo mais e mais. As horas passam arrastadas e cada dia a amargura é grande em mim. Não consigo acreditar em nada e nem ninguém e nem em mim e na minha capaciade. Espero que as cois aconteçam, mas não faço por onde acontecer, é tudo complexo e vazio, mas eu continuo aqui esperando essa tal de esperança, está que todos dizem que é a última que morre.

Geórgia Carvalho.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Marcas

Nesta noite fria e chuvosa
Me ponho aqui sentado
Como de costume...

Olho pela minha janela
E o que consigo ver são as gotas
Da chuva caindo suavemente por
Entre os galhos das árvores...

Por um momento pude ter uma
Senssação de paz inexplicável
Ao presenciar a calmaria daquela noite

É estranho lembrar-me dos tempos
Que era menino, de quando brincava
Nas ruas com meus pés descalços

A impressão que tive era de que
Estava voltando no tempo, mas
Foi apenas impressão...

As marcas que guardo comigo
Fazem minha alma gemer e chorar
São fortes as dores, chego até
A pensar que não conseguirei suportar

Meus olhos estão tristes e o
Meu coração a palpitar
A senssação de impotência é enorme
Oh Deus meu! será que irei suportar?

A dor de amor que chegou e ficou
Daquela que amei e me amou
Que em meus braços partiu e me deixou.

Geórgia Carvalho.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Quem és tu menino?

Que olho e não vejo;
Que beijo e não sinto;
Que quero, desejo...

Quem és tu menino?

Que mesmo ausente é presente;
Que em silêncio eu escuto;
Que meu vazio preenche...

Quem és tu menino?

Que é minha urgência e minha calma;
Que é meu tudo, meu nada;
Que é o dia é a noite;

És o fogo e a água;
És o corpo e a alma;
O meu bem e o meu mal;
És o sonho, és real?

E quem és tu menino?

És aquele que chega e que sai;
Que me ama e me trai;
És o que vem com o vento
E o que com ele vai...

Geórgia Carvalho.